“Porque a boca é o sexo da face
E mesmo que não a tocasse
Desfrutava
No movimento da prosa
Na intensão de um cigarro
Num choque sutil do dente contra o lábio
Porque não é a toa a rubridão comum entre a boca, o cu, o sexo e o bico do peito
Vermelho é a cor desse…
E eu me tremia todo só de ver
A mesma boca, cercada do alvo da tua pele
Serpenteada pela sorte das tuas palavras
Cerrada pelo teu silêncio
Bailarina sem orquestra do teu pranto
E se eu já me envolvo nesse manto
É porque desvendo teus desejos nos meus
Teu segredo é tua carne
Minha sina é tua boca…”

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